Economia

Mercado financeiro revisa inflação para 2025, mas IPCA permanece acima da meta

A inflação para 2025 foi revisada para baixo, mas o IPCA continua acima da meta do Banco Central. O impacto afeta mais as famílias de baixa renda. O PIB previsto para 2025 subiu, assim como a taxa Selic deve se manter alta.

Você já percebeu como a inflação tem afetado o seu bolso e os negócios ao seu redor? Apesar da recente revisão para baixo das projeções feitas pelo mercado financeiro, o IPCA continua acima da meta estipulada pelo Banco Central, afetando principalmente as famílias de menor renda e o cenário econômico nacional.

Expectativas atualizadas para inflação e PIB nos próximos anos

O mercado financeiro atualizou suas previsões para a inflação e o Produto Interno Bruto (PIB) para os próximos anos. Para 2025, a inflação projetada caiu levemente de 5,46% para 5,44%, mas ainda está acima do teto da meta oficial de 4,5% estipulada pelo Banco Central.

As projeções para 2026, 2027 e 2028 mantêm-se estáveis, com expectativas de 4,5%, 4% e 3,85%, respectivamente. Essas metas fazem parte do sistema de meta contínua, que define um centro de 3% para a inflação, com tolerância entre 1,5% e 4,5%.

Se o índice ficar fora dessa faixa por seis meses seguidos, o Banco Central precisa justificar publicamente a situação. Em 2024, essa regra já foi acionada, principalmente por causa da forte atividade econômica, desvalorização do real e eventos climáticos.

Sobre o PIB, o mercado elevou a previsão para 2025 de 2,13% para 2,18%. Para 2026, o crescimento esperado passou de 1,8% para 1,81%. Já a taxa básica de juros, conhecida como Selic, permanece com as mesmas expectativas para os próximos anos.

Outros indicadores, como o dólar e o saldo da balança comercial, também tiveram ligeiras revisões ou se mantiveram estáveis, refletindo a expectativa de um cenário econômico mais equilibrado, apesar dos desafios da inflação persistente.

Impactos da inflação sobre famílias de menor renda e políticas do Banco Central

A inflação impacta especialmente as famílias de menor renda. Isso porque o aumento dos preços reduz o poder de compra dessas famílias.

Muitos trabalhadores não veem seus salários crescerem na mesma velocidade dos preços. Com isso, fica difícil comprar itens básicos do dia a dia.

Para controlar essa situação, o Banco Central adota o sistema de meta contínua de inflação. Ele define um centro de 3% para a inflação e uma faixa de tolerância de 1,5% a 4,5%.

Quando o índice ultrapassa esse limite por seis meses seguidos, o Banco Central explica publicamente o motivo. Em 2024, isso aconteceu devido à atividade econômica forte, desvalorização do real e eventos climáticos.

Além disso, a taxa Selic deve continuar alta para controlar a inflação. Essa taxa influencia os juros cobrados no mercado e pode impactar o consumo e investimentos.

Calebe Santos

Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.

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