Mercedes-Benz reconhece fracasso comercial do Classe G elétrico, com vendas baixas na Europa, Ásia e possível ausência nos EUA. A empresa repensa o futuro do baby Classe G, considerando motores híbridos ou a combustão para o novo SUV.
O Classe G elétrico da Mercedes-Benz, apesar de manter o visual clássico, não tem conquistado o mercado como esperado. Você já se perguntou os motivos desse desempenho lento? Vamos descobrir juntos os desafios e o futuro dessa aposta eletrificada.
O lançamento e o desempenho do Mercedes-Benz G580 elétrico
O Mercedes-Benz G580 elétrico foi lançado em abril de 2024 como a versão 100% elétrica do tradicional Classe G. Apesar de toda a expectativa, o modelo enfrenta vendas muito baixas em mercados importantes. Até abril de 2025, foram vendidas apenas 1.450 unidades na Europa, sendo ainda menores os números na Coreia do Sul e na China, com poucas dezenas de carros vendidos.
Esse desempenho distante do esperado mostra que o G580 elétrico não conseguiu repetir o sucesso de seu antecessor a combustão, que permanece forte nas vendas globais.
O G580 elétrico mantém o design quadrado e robusto do Classe G tradicional, o que agrada visualmente, mas limita inovações comuns em elétricos modernos, como piso plano e mais espaço interno.
Além disso, sua autonomia de cerca de 385 km é considerada baixa para o preço e para as expectativas de quem compra um veículo desse porte. O peso alto de quase 4 toneladas também prejudica funções importantes, como a capacidade de reboque, que é muito valorizada pelos consumidores.
Diante desse cenário, a Mercedes já avalia mudar a estratégia para modelos futuros, pensando em versões híbridas ou com motor a combustão para o próximo SUV menor da linha Classe G.
Vendas decepcionantes na Europa, Ásia e possível ausência nos EUA
O Mercedes-Benz G580 elétrico teve um lançamento marcado por vendas muito baixas. Na Europa, só 1.450 unidades foram vendidas até abril de 2025. Isso é pouco para um modelo com tanta fama e preço alto.
Na Ásia, o cenário é ainda mais delicado. Na Coreia do Sul, apenas 61 veículos foram vendidos, e na China, 58. Números pequenos para um mercado tão grande e promissor.
Nos Estados Unidos, a situação é incerta. Há rumores de que nenhum G580 elétrico tenha sido entregue. A Mercedes está investigando para confirmar essa informação, que, se verdadeira, mostra a dificuldade do modelo no principal mercado de SUVs.
Esses resultados indicam que o jipão elétrico não conseguiu atrair compradores como a versão a combustão, que vende sete vezes mais, mesmo custando valores parecidos.
Esses dados deixam claro que, até o momento, a versão elétrica do Classe G enfrenta desafios sérios para se firmar no mercado global.
Comparação com o sucesso das versões a combustão do Classe G
O Classe G a combustão continua sendo muito popular, mesmo com o avanço dos veículos elétricos. Enquanto o G580 elétrico vende pouco, as versões a gasolina vendem sete vezes mais, mostrando a preferência dos consumidores por modelos tradicionais.
O preço do G580 elétrico é alto, começando em cerca de US$ 161.500 nos EUA, valor semelhante ao das versões com motor a combustão. Mesmo assim, a demanda pela versão a combustão é muito maior.
O design do híbrido mantém o visual robusto clássico, que agrada os fãs da linha. No entanto, o formato tradicional limita algumas vantagens dos carros elétricos modernos, como piso plano e espaço interno maior.
A autonomia do elétrico também é um ponto negativo, com cerca de 385 km no ciclo EPA. Isso decepciona muitos compradores, que esperam desempenho condizente com o preço e capacidade off-road do modelo.
Já o modelo a combustão tem mais poder de reboque e desempenho comprovados, pontos valorizados por quem compra o Classe G.
Desafios do design tradicional e limitações da arquitetura elétrica
O design tradicional do Classe G elétrico mantém o visual quadrado e robusto que marcou o modelo a combustão. Isso agrada quem gosta do estilo clássico, mas traz alguns desafios para a versão elétrica.
Por compartilhar a mesma arquitetura do modelo a gasolina, o G580 elétrico não tem piso totalmente plano, algo comum em veículos elétricos modernos. Isso limita o espaço interno e o conforto para os passageiros.
Além disso, essa arquitetura antiga dificulta a implementação de tecnologias que poderiam melhorar a eficiência e a autonomia do veículo.
Enquanto outros elétricos da Mercedes, como o EQS, aproveitam designs mais modernos e planos, o G580 acaba ficando para trás em termos de inovação estrutural.
Essa combinação de design clássico e limitações técnicas acabou atrapalhando a aceitação do modelo no mercado, afetando suas vendas.
Críticas à autonomia e capacidade off-road do G580 elétrico
O Mercedes-Benz G580 elétrico sofreu críticas pela sua autonomia, que é de cerca de 385 km no ciclo EPA. Esse número surpreende pouco para a categoria, mas deixa a desejar para quem espera mais desempenho de um SUV tão caro.
Além disso, o peso elevado do modelo, quase 4 toneladas, prejudica sua capacidade de reboque. Isso é um problema para quem compra o Classe G esperto para uso off-road e tarefas pesadas.
Apesar de manter o visual robusto tradicional, o G580 elétrico não entrega a mesma eficiência em terrenos difíceis vista nas versões a combustão. Muitos compradores esperam um desempenho off-road superior ou ao menos semelhante.
Esses fatores podem explicar o pouco interesse pelo modelo, que não corresponde às expectativas do público que valoriza o Classe G off-road.
Mudanças na estratégia da Mercedes para o baby Classe G futuro
A Mercedes-Benz está repensando a estratégia para o próximo baby Classe G, um SUV menor que deve chegar em breve. Depois do desempenho fraco do G580 elétrico, a empresa estuda incluir motor a combustão ou conjunto híbrido nesse novo modelo.
Essa mudança mostra que a montadora quer oferecer alternativas que agradem mais aos consumidores, contra o fracasso comercial do jipão elétrico. Um motor híbrido pode equilibrar desempenho e eficiência sem abrir mão da potência.
Já há fontes internas indicando que o futuro baby Classe G não será apenas elétrico e pode trazer tecnologia tradicional ou híbrida para ampliar o alcance no mercado.
Essa reavaliação faz parte da adaptação da Mercedes à realidade do mercado, buscando atender melhor a demanda pela versatilidade e autonomia dos veículos.
Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.