Economia

Reforma do IR: veja como desoneração e imposto mínimo podem reduzir a desigualdade

A reforma do IR propõe ampliar a isenção para quem ganha até R$ 5 mil e tributar no mínimo 10% sobre altas rendas. Essa combinação promove justiça fiscal, reduz desigualdade e mantém o equilíbrio nas contas públicas do Brasil.

Você já pensou como a reforma do IR pode alterar a desigualdade de renda no Brasil? A combinação de desoneração para os mais pobres e taxação mínima dos mais ricos é um tema que merece sua atenção neste momento.

Impactos da ampliação da faixa de isenção do IR para as camadas de baixa renda

A ampliação da faixa de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil por mês é uma medida que pode beneficiar muitas famílias de baixa renda. A ideia é que essas pessoas paguem menos impostos ou até fiquem isentas, o que alivia o orçamento mensal delas.

Porém, o estudo da Secretaria de Política Econômica alerta que, se essa mudança for feita sozinha, sem outras medidas de ajuste, pode gerar um impacto negativo nas contas públicas. Ou seja, o governo pode arrecadar menos e isso pode aumentar a desigualdade, pois já existe uma desoneração considerável para essa faixa.

Ao ampliar a isenção, algumas pessoas podem pagar menos imposto, mas isso não corrigiria o sistema atual de forma justa. Por isso, é importante que essa medida venha junto com ações que aumentem a tributação sobre os mais ricos. Dessa forma, o país pode manter o equilíbrio fiscal e, ao mesmo tempo, ajudar quem ganha menos.

Na prática, a faixa de isenção maior oferece um alívio imediato para quem ganha salários mais baixos, dando mais dinheiro para despesas básicas. No entanto, essa mudança precisa ser parte de um plano mais amplo para garantir justiça fiscal e reduzir desigualdades sociais no Brasil.

Tributação mínima para alta renda como estratégia para justiça fiscal e redução da desigualdade

Uma das principais formas de promover justiça fiscal no Brasil é por meio da tributação mínima para a alta renda. Essa medida estabelece que quem ganha mais, especialmente acima de R$ 1,2 milhão por ano, deve pagar no mínimo 10% de imposto de renda.

Essa carga mínima ajuda a evitar que os mais ricos escapem totalmente da tributação, algo que acontece hoje devido a várias brechas e regras que reduzem o imposto efetivo deles. Com a tributação mínima, o sistema fica mais justo e progressivo.

O estudo da Secretaria de Política Econômica mostra que combinar essa tributação com a desoneração para as camadas mais pobres pode diminuir a desigualdade social. Isso porque enquanto a base ganha mais alívio, o topo também contribui mais para o financiamento dos serviços públicos.

Assim, o país mantém a responsabilidade fiscal, equilibrando a arrecadação e promovendo maior equidade. Sem essa tributação mínima, o sistema tende a ser menos justo, pois os mais ricos pagam proporções menores em relação ao que recebem.

Calebe Santos

Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.

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