Economia

Santander e BofA revisam recomendações e preços-alvo das ações da Petrobras

Petrobras enfrenta queda de 15% nas ações em 2024, com bancos como Santander e BofA mudando recomendações para neutro e reduzindo preços-alvo. Riscos macroeconômicos, regulatórios e pressão da Opep+ impactam o setor. Dividendos projetados para 10-12% em 2025-2026, sem perspectivas de aumentos extraordinários.

As ações da Petrobras enfrentam um cenário desafiador, com revisões nas recomendações e preços-alvo por grandes bancos. Você sabe o que isso pode significar para investidores e o mercado em geral?

Perspectivas para as ações da Petrobras em 2025-2026

As ações da Petrobras não tiveram um bom desempenho em 2024, com queda de 15% no ano. Grandes bancos, como Santander e Bank of America, baixaram suas recomendações para “neutra”, mostrando dúvidas sobre o futuro próximo da empresa.

O Bank of America reduziu seu preço-alvo para as ações, de R$ 42 para R$ 34, e para os ADRs, de US$ 15,50 para US$ 12,50. O Santander também reduziu, mas mantém o preço-alvo um pouco mais alto, em R$ 38 para as ações.

Apesar desses sinais, algumas notícias podem animar o mercado em 2026, como a possibilidade de novas descobertas na margem Equatorial e as eleições presidenciais, que podem influenciar positivamente o preço das ações.

No entanto, os analistas ressaltam que o efeito desses fatores deve ser sentido apenas a partir de 2026, e que o momento atual exige cautela. A empresa ainda enfrenta desafios para cortar custos e manter seu fluxo de caixa saudável, com a expectativa de melhorias no segundo semestre de 2026.

Entre os riscos apontados, estão o cenário macroeconômico mais difícil, as pressões da Opep+ para aumentar a produção, e as tarifas de importação que podem afetar o crescimento global. Tudo isso pode diminuir o preço do petróleo e impactar a Petrobras diretamente.

Impactos do cenário macroeconômico e regulatório nas projeções

O cenário macroeconômico afeta diretamente as projeções para a Petrobras. A pressão da Opep+ para aumentar a produção em meio a preços baixos pesa sobre o mercado do petróleo. Isso pode limitar a recuperação dos preços, impactando as receitas da empresa.

Além disso, as tarifas de importação dos Estados Unidos criam incerteza. Essas medidas afetam o crescimento econômico global, prejudicando a demanda por petróleo e produtos derivados.

Do lado regulatório, o mercado observa atentamente as estratégias da Petrobras para equilibrar seus custos e melhorar o fluxo de caixa. O plano para os próximos anos busca ganhos de eficiência e controle de gastos, essenciais para resistir a esse ambiente complexo.

Esses fatores combinados levam os analistas a manter uma visão cautelosa sobre as ações da Petrobras, já que as pressões externas e regulatórias continuam desafiadoras. Espera-se que mudanças significativas no desempenho cheguem só em 2026, conforme as condições internas e externas evoluem.

Análise dos dividendos da Petrobras e estratégias internas

A gestão da Petrobras tem focado em melhorar o fluxo de caixa e controlar os gastos. Isso inclui cortes em investimentos e despesas operacionais, chamados de capex e opex.

O plano de negócios para 2026 a 2030 deve revelar detalhes dessas iniciativas, que buscam aumentar a eficiência e equilibrar as contas da empresa. Mas as mudanças podem demorar a mostrar resultados, principalmente no curto prazo.

Sobre os dividendos, a expectativa é que a Petrobras pague valores constantes nos próximos anos, mas sem grandes aumentos. O Santander projeta um rendimento de cerca de 10% em dividendos para 2025, o que está abaixo do histórico da empresa e dos pares globais.

O Bank of America confirma essa visão, prevendo um dividend yield próximo a 12% para 2025 e 2026. Apesar dos valores interessantes, a Petrobras não deve ter um diferencial competitivo significativo no pagamento de dividendos.

O foco da empresa continua sendo equilibrar investimentos e geração de caixa, enquanto navega em um cenário econômico desafiador e regulatório complexo.

Calebe Santos

Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.

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