Economia

Santander eleva preço-alvo da PRIO com valorização de quase 30% para 2026

A PRIO adquiriu 60% do campo Peregrino, elevando o preço-alvo para R$ 55 em 2026, mas o Santander mantém recomendação neutra devido a incertezas operacionais e financeiras no curto prazo.

Você já ouviu falar sobre a PRIO e o que seus recentes movimentos no mercado significam para quem investe? A avaliação do Santander ajustou o preço-alvo das ações da empresa para 2026, mas com algumas ressalvas importantes que podem impactar sua decisão de investimento.

Impactos da aquisição do campo Peregrino para PRIO e mercado de petróleo

A aquisição do campo Peregrino pela PRIO representa um passo importante para a empresa no mercado de petróleo. Com a compra dos 60% restantes, a PRIO ganha maior controle operacional e expectativa de redução dos custos. A estimativa é que o custo operacional caia de US$ 550 milhões para US$ 300 milhões por ano até 2027.

Além disso, a produção do campo deve se manter estável, com cerca de 95 milhões de barris por dia nos próximos anos. Isso dá maior segurança para a empresa e seus investidores.

Mesmo assim, o mercado enfrenta desafios. Conflitos geopolíticos, como as tensões entre Israel e Irã, influenciam o preço internacional do petróleo, afetando o humor dos investidores e as ações da PRIO.

Outro ponto importante é o impacto da aquisição no fluxo de caixa da empresa, que poderá ter um consumo maior de recursos nos próximos trimestres devido aos pagamentos da compra e dívidas assumidas.

Assim, a compra de Peregrino eleva o potencial da PRIO, mas traz também riscos e incertezas que podem influenciar o desempenho das ações no curto e médio prazo.

Desafios operacionais e projeções financeiras para os próximos anos

A PRIO enfrenta desafios operacionais importantes nos próximos anos, como atrasos no início da extração em Wahoo. Esses atrasos ocorrem por problemas na licença do Ibama, órgão ambiental responsável.

Esse cenário impacta o fluxo de caixa da empresa, reduzindo em cerca de US$ 150 milhões as estimativas para 2026. O fluxo de caixa livre para acionistas (FCFE) será mais moderado até 2026, com melhora esperada só a partir de 2027.

O banco Santander mudou a forma de analisar esse fluxo, considerando também dívidas e pagamentos de aquisições, o que reduz a visão otimista para curto prazo.

Mesmo com projeções conservadoras, espera-se que a produção permaneça estável e que a PRIO reduza custos operacionais no campo de Peregrino, um ponto positivo para o futuro.

Assim, a empresa caminha com cautela diante dos desafios, equilibrando riscos e oportunidades financeiras nos próximos anos.

Recomendação do Santander para investidores e perspectivas futuras

O Santander manteve a recomendação neutra para as ações da PRIO, mesmo após elevar o preço-alvo para R$ 55 em 2026. Isso mostra que, apesar do potencial de valorização, os analistas são cautelosos.

Há incertezas importantes, como os atrasos no licenciamento ambiental para o campo de Wahoo e um fluxo de caixa mais contido no curto prazo. Esses fatores limitam o otimismo dos investidores.

O banco avalia que a aquisição da participação adicional em Peregrino vai consumir bastante caixa nos próximos meses. Isso deve influenciar a geração de caixa da empresa em 2025 e 2026.

Por outro lado, a PRIO tem potencial para reduzir custos operacionais e manter uma produção estável até 2026. A valorização esperada das ações pode chegar a quase 30%, o que é um bom indicativo para o longo prazo.

O cenário atual reforça a importância de olhar com atenção para os riscos e oportunidades antes de investir na empresa.

Calebe Santos

Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.

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