Em 2025, pequenas empresas são responsáveis por 55% das vagas de aprendizagem profissional no Brasil, com mais de 656 mil jovens aprendizes. Contratos de jovem aprendiz têm vínculo empregatício; estagiários não. A jornada é de até seis horas diárias.
A aprendizagem profissional tem sido a porta de entrada para muitos jovens brasileiros no mercado de trabalho. Será que o apoio das pequenas empresas pode ser o diferencial para transformar essas oportunidades em experiências de carreira duradouras? Descubra nesse artigo o cenário atual e regras que envolvem essas contratações.
Panorama da aprendizagem profissional e participação das pequenas empresas
Nos primeiros meses de 2025, mais de 57 mil jovens entraram no mercado de trabalho via aprendizagem profissional. Esse dado mostra como as pequenas empresas são essenciais para criar essas oportunidades. Elas são responsáveis por mais da metade das contratações de jovens aprendizes no Brasil.
Pequenas e microempresas geram cerca de 55% das vagas para esses jovens, sendo uma porta importante para o primeiro emprego. Além disso, elas ajudam os jovens a desenvolverem habilidades que podem ser usadas para abrir o próprio negócio no futuro.
Essas contratações não ocorrem só na área de serviços; a indústria, comércio, construção civil e agropecuária também oferecem oportunidades. O setor industrial, por exemplo, liderou as contratações na primeira parte do ano, com mais de 32 mil aprendizes.
É importante saber que existem dois tipos de contratos: estagiário e jovem aprendiz. Estagiários não têm vínculo empregatício, ao contrário dos aprendizes, que têm registro em carteira. As regras para contratar cada um variam conforme o tamanho da empresa e o número de funcionários.
Por exemplo, microempreendedores podem contratar apenas um estagiário. Para o jovem aprendiz, a empresa precisa ter pelo menos sete funcionários. A jornada também é limitada a seis horas diárias para ambos os casos, garantindo o equilíbrio entre trabalho e estudos.
Além disso, as pequenas empresas valorizam a diversidade e promovem a inclusão, recebendo jovens de diferentes perfis, idades e gêneros. Essa variedade contribui para um ambiente mais dinâmico e colaborativo.
Com essa abordagem, as pequenas empresas não só oferecem emprego, mas ajudam a formar cidadãos preparados para o mercado e para os desafios futuros.
Regras e benefícios da contratação de jovens aprendizes e estagiários
Contratar jovens aprendizes e estagiários requer atenção a regras específicas. Os jovens aprendizes têm contrato formal, registrado na carteira de trabalho. Estagiários, por outro lado, não têm vínculo empregatício.
Empresas pequenas podem contratar estagiários conforme seu tamanho. Negócios com até cinco funcionários podem contratar um estagiário. Quem tem entre seis e dez empregados pode contratar até dois estagiários. Microempreendedores individuais (MEI) podem ter apenas um estagiário, que conta como seu único funcionário.
Por lei, um colaborador da empresa deve orientar e supervisionar o estagiário. Esse profissional precisa ter experiência ou formação na área do estágio. Além disso, as tarefas do estagiário devem estar relacionadas ao curso que ele faz na escola ou faculdade.
Já para contratar um jovem aprendiz, a empresa precisa ter pelo menos sete funcionários. O contrato pode durar até dois anos, e a jornada máxima de trabalho é de seis horas por dia, para garantir que o jovem tenha tempo para estudar.
Essas regras ajudam a oferecer oportunidades reais, garantindo que o aprendizado e o desenvolvimento profissional dos jovens aconteçam de forma segura e eficaz.
Calebe Santos é um jornalista experiente, com mais de 15 anos de atuação cobrindo temas como empreendedorismo, estratégias de vendas, inovação e comportamento de consumo. Ao longo de sua carreira, desenvolveu um olhar atento para os movimentos do mercado e tornou-se referência em traduzir pautas complexas do mundo dos negócios para uma linguagem clara, acessível e relevante.